segunda-feira, 5 de julho de 2010

CASA GRANDE

Uma cidade inteira pra 85 ciclistas

Apesar do curto espaço de tempo que lhe foi reservado para conhecer a Casa de Maria Amazonas, nada tirou o brilho do passeio que o APS programou para o domingo 04 de julho. Dolores Amazonas, atual moradora e filha da matriarca, foi simpática e deixou-se fotografar com o grupo (foto abaixo). Hoje, ponto turístico de Camaragibe, o que já foi um dia Casa Grande do Engenho Camarás, está bem no alto de uma colina, mais parecendo a porta de entrada da cidade. Localização privilegiada, jardim bem cuidado e frondosas árvores levam ao desejo de manter-se em eterna preguiça, naquele imóvel secular, patrimônio histórico do Estado. Mas se a vontade era deitar-se em rede esplêndida, o maior inimigo foi mesmo o tempo. Bom, já que era preciso continuar, "vamos em frente que atrás vem gente", conforme expressão popular. Aliás, tudo que vem da boca do povo, é coisa sábia, então "pra que chorar o leite derramado" se a cidade de Camaragibe estava ali, inteira, pro APS passar? Centro, mercado, Vila da Fábrica, ladeiras e ladeirinhas, tudo acompanhado do jeitinho apessiano de ser. Descontração, principalmente na hora de enfrentar a estreita ponte, exclusiva a bicicletas, motos e pedestres. "Fila indiana, gente; por favor, atenção; não caia, não olhe pra baixo; avante, chegue só mais um pouqinho, você consegue; eita galera boa, hein? Passaram todos? Sim, ufa, Graças a Deus! Sorria, você está sendo fotografado".


Como nenhum ciclista é de ferro, vamos ali no Bar do Sítio, já em terras recifenses. O bar de "seu"..."seu"..."seu"... (o HD emperrou) tinha cabidela, arrumadinho e outras delícias nordestinas, mas parece que foi mesmo a canjica que fez o maior sucesso, com gosto de São João. Todo mundo se divertiu e ninguém reclamou das duas quebras e da única queda. Pra falar a verdade, o pessoal reclamou um pouquinho, um pouquinho só, porque de imediato o APS encontrou a solução e foram todos felizes para sempre - um caminho alternativo para quem não quis enfrentar um espelho d`água com cerca de 30 metros de comprimento e profundidade a partir dos joelhos. Esse mesmo espelho d`água foi objetivo de passeio anterior do APS, há cerca de dois anos, quando houve a mesma divisão. Naquela época, a profundidade era bem maior. Quem preferiu a água foi chamado "peixe", quem seguiu a trilha de lama foi chamado "porco". Mas agora, como não havia lama, a denominação ficou em "peixe" e "poeira". Ah, esquecimento cruel - e num é que Van Damme pedalou 30 quilômetros com a gente? Foto abaixo.

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