quinta-feira, 31 de março de 2011

PURA ADRENALINA

Tchan, tchan, tchan...

Prepare-se para muita adrenalina num percurso antes nunca feito na área rural de Olinda. Alguns trechos, claro, já são conhecidos, principalmente na ida e na volta. Mas a surpresa e o melhor ficam por conta do caminho de barro, ladeado de sítios arborizados e casas simples. Pedestres, motos e bicicletas fazem parte do cenário tão perto e tão longe. O APS vai sair da Jaqueira às 8h e o passeio tem estimativa de 30 quilômetros de mata, urbano e PE. Falte não. A pedalada é a cara do grupo, com algumas subidas pela frente. A parada pra reposição vai ser num localzinho bem bucólico, à sombra de grandes árvores e com chuveirão (tô nessa).

O lugar é legal, aprazível, gostoso, dá uma sonolência boa danada, mas o
APS aconselha a não se empanturrar de comida, principalmente se for mão de vaca, bisteca, calabresa, peixe frito e galinha assada (rssssss). Com o estômago pesado você termina perdendo o charme da volta - uma descida de barro, típica mistura de....tudo - escadaria, pinguela, precipício, corredorzinho estreito e mais o que você puder imaginar. Dá pra descer montado ou empurrando a bike, mas alguns trechos obrigam a utilizar o famoso recurso da fila indiana. Bom domingo.

domingo, 27 de março de 2011

CIDADE DA COPA

Asfalto, verde e tanajura caem no gosto apessiano

O passeio longo do APS, nesse domingo 27 de março, foi de apenas 52 quilômetros. O pequeno grupo de 36 pessoas, no entanto, teve a sensação do dobro. Tudo por causa das inúmeras dificuldades impostas pelo roteiro. Primeiro, o contínuo subir e descer ladeiras de asfalto, nas quais o sol refletia com gosto de queimadura. Depois, vieram as ladeiras de barro, onde o pessoal misturou diversão com cuidados de segurança. O APS foi conhecer o canteiro de obras da Cidade de Copa, em São Lourenço da Mata. É lá que governo do estado e iniciativa privada constróem o estádio que vai abrigar mais de 46 mil fanáticos por futebol, em 2014. Devida e previamente autorizado, o APS passou por terras do Engenho São João, mais conhecidas como terras de Brennand, atingindo o TIP, onde se fez uma rápida reposição de líquido e energia. O chocolate foi a guloseima preferida. No Terminal Integrado, os ciclistas perceberam que apenas seis mulheres participavam do grupo.

A BR 408, que oferece uma paisagem bonita com muito verde, esperava o grupo logo à saída do TIP. Parte do contexto da Cidade da Copa, a 408 tem trechos em obras, prevendo o grande fluxo de veículos daqui pra 2014. A Cidade da Copa fica entre a BR e o Rio Capibaribe. Por enquanto é só um canteiro mesmo, mas as máquinas já estão trabalhando. Foi ali que o grupo posou para a foto oficial do passeio (acima). Depois de tanto esforço, nada mais compensador do que a parada pra descanso, num bar e restaurante. Aliás, vale salientar que foi o único local com sombra durante todo o passeio. Uma vez APS sempre APS, a descontração do lanche ficou por conta da tanajura frita que Chico levou. Tanajrua é uma espécie de formiga saúva ( rainha) que tem um bundão cheio de gordura (rsssss). Dizem que é ótimo, frito então é melhor ainda (foto abaixo).

Mas o melhor estava por vir. A volta em área de mata teve mais ladeiras do que a ida. Ladeiras de barro, lama, pedregulhos, erosão, onde houve duas quedas do total das quatro durante o passeio. Foi massa, de verdade. E quanto mais o grupo avançava, mais se surpreendia com novas ladeiras à frente. A trilha tinha saída para o centro de São Lourenço, mas ainda haveria a ladeira do Liberato e, só depois dela, é que o grupo estaria livre de tanto sobe e desce. O APS começou o passeio às 7h da manhã e chegou à Jaqueira, de volta, às 13h30. O longão, que habitualmente concentra mais de 80 pessoas, dessa vez rodou com apenas 36 ciclistas. Ficou a pergunta - o que causou tanta ausência - o nível de dificuldade anunciado, o jogo Santa Cruz versus Porto ou a Corrida das Pontes?

quarta-feira, 23 de março de 2011

ARENA

APS na Cidade da Copa

O longão do domingo 27 de março vem com tudo. É coisa pra agradar a gregos e troianos em plena São Lourenço da Mata . É lá, numa área de 270 hec que o governo do estado e a iniciativa privada estão construindo a Cidade da Copa (foto abaixo). Um projeto que compreende conjunto habitacional, hotel, centro comercial e outros investimentos, incluindo o estádio que vai sediar algumas "partidazinhas de futebol mixuruca" (rssssssss), em 2014. Chamado Arena, o estádio vai poder juntar mais de 46 mil torcedores, todo mundo gritando, vibrando, xingando, rezando, morrendo de emoção naquela área de 130 mil m². Sim...são cinco tipos de arquibancadas. Às margens do Rio Capibaribe e da BR 408, a Cidade da Copa fica em localização privilegiada no contexto metropolitano. Fica bem pertinho de Jaboatão, Camaragibe, Caruaru e outros municípios que também vão se mobilizar para assistir aos jogos e conhecer o empreendimento.
Neste domingo 27 o APS vai ao canteiro de obras (foto abaixo). Até chegar lá, bote chão. São três BRs (fila indiana, hein), 13km sem pavimentação, área de mata, subida e descida por uma rampa que dá acesso a uma estação de metrô. Já sei...você certamente está pensando em testar seus limites numa passarela desse tipo. Dá não; pode não; o guia num deixa não. Vai todo mundo desmontado da bike, isso pra evitar acidente, inclusive com pedestres. Você é legal e vai acatar a solicitação do APS numa boa. Afinal, "seguro morreu de velho". Hidrate-se bastante porque o calor vai pegar fogo e a poeira vai levantar mais que Ivete Sangalo (rsssss). Protetor solar, câmara de ar a mais, capacete, luvas e muito bom passeio. Eita, 7h, gente.

domingo, 20 de março de 2011

PONTES

Passeio tranquilo pelas pontes do Recife

A mídia havia anunciado que domingo 20 de março seria o dia mais quente do ano na capital pernambucana. Tudo por causa de um fenômeno astronômico chamado "equinócio", que ocorre a cada seis meses, quando o sol toma uma posição perpendicular à Terra. O calor seria em torno de 32º e a sensação térmica poderia chegar aos 36º. Honestamente? Nem todo apessiano sentiu esse tal de Equinócio passar. Talvez porque o recifense já esteja acostumado a grudar a camisa no corpo através do suor (rsssss) e a tomar muita água. O fato é que o passeio pelas pontes do Recife foi tranquilo apesar das três quedas e uma quebra. O pessoal estava alegre desde a saída, no Parque da Jaqueira, mantendo-se compacto nos seus 77 ciclistas participantes. O roteiro foi meio que circular, tudo para atender a legislação de transitar sempre pela "mão" (rssssss). Mas deu tudo certo. A foto oficial foi feita numa das áreas mais bonitas do Recife Antigo - aos pés do obelisco doado por Portugal pelos 350 anos da Restauração Pernambucana. Com 10 metros de altura, 20 toneladas, instalado no Cais da Alfândega, entre a Livraria Cultura e a Ponte Doze de Setembro, mais conhecida como Giratória, embora não gire mais (rsssss), o obelisco está ali desde março de 2006. Na foto acima, nesse montão de gente de capacete, luvas e outros paramentos, como sempre havia novatos, voltandos e veterenos. Entre eles, o HD se lembra de Trick, Marcílio, dois netos de Deorge e aquele casal, ela, Jéssica. HD com muito uso é assim, fica falhando (rssss). Tóim, tóim, tóim (hd martelando), ah, também de volta o grande homem Zé Pequeno e Júnior, amigão do peito.

E o grupo passou por um bocado de ponte, testemunhou a degradação do rio Capibaribe e constatou um centro de cidade imundo. Recife não merece isso, nem das autoridades, nem de seus próprios moradores que jogam lixo nas ruas, fazem xixi escondidinhos pelo poste (pensam que a gente nem tá vendo), entopem o rio com garrafas pet e outros apetrechos. Qualquer área do Capibaribe é um ótimo lugar pra pescar latrina, pneu, saco plástico (azul ou preto, tanto faz) e até orelhão, menos peixe pra sobrevivência do ribeirinho. A ponte da Boa Vista, que liga as ruas da Imperatriz à Nova, infelizmente estava interditada e não pode ser vista mais de perto. Uma das mais bonitas do Recife, é também a segunda mais antiga (1876) e mantém sua estrutura em ferro inglês. Bem, nem tudo ficou nas pontes e rios. O APS fez aquela paradinha básica pra hidratação e degustação, sabe onde? No Mercado da Boa Vista, onde o grupo fez a feira e a farra. Apesar de tudo, a programação foi leve pra ninguém reclamar do passeio do próximo domingo, dia 27, quando o APS faz o longão do mês. Aí, sim, mesmo que esteja do outro lado do mundo, é bem capaz de "seu" Equinócio aparecer fazendo aquele calorão (rsssssss).

sexta-feira, 18 de março de 2011

PONTES E RIOS

Água, um bem primordial neste domingo

Terça-feira, 22 de março, comemora-se o Dia Mundial da Água. Reconhecida pela ONU como bem inestimável, condição essencial à vida e patrimônio do planeta, a água também recebe homenagem de um grupo de ciclismo que teima em oferecer sua pequena contribuição à cultura e reverência ao meio ambiente. Neste domingo
, 20 de março, o APS sai do Parque da Jaqueira, às 8h, em direção ao centro de uma cidade cortada por rios e canais, cujas margens são ligadas por pontes refletidas, em luzes e cores, nas águas do Capibaribe. Águas sujas, é bem verdade, que acumulam lixo oriundo de diversas camadas sociais, mas se mantém fiel, pacientemente esperando que se lembrem dele. Por isso, antes de tudo, o Capibaribe é um forte, um bravo nordestino.

Ideal seria comemorar o Dia Mundial da Água tomando banho no Capibaribe, mergulhando em salto das pontes e abrindo os olhos com o corpo submerso. Impossível, pelo menos por enquanto, o APS traçou o roteiro das pontes, um repeteco que sempre agrada. Feias ou bonitas, bem tratadas ou mal cuidadas, modernas ou antigas, românticas ou originais, de ferro ou madeira, todas têm a funcionalidade como característica comum: "permitem interligar, no mesmo nível, pontos não acessíveis separados por rios, vales ou outros obstáculos naturais ou artificiais". Acostumadas a ver e passar por tantas pontes, sobretudo numa cidade conhecida como Veneza Brasileira, as pessoas já nem observam detalhes e nem percebem a importância que elas têm no ir e vir de qualquer um.

A do Limoeiro é a maior das pontes do Recife; a Doze de Setembro, que já foi giratória, hoje não é mais; as Buarque de Macedo e Maurício de Nassau, além da Seis de Março (mais conhecida como Ponte Velha e considerada uma das mais bonitas da cidade), são só algumas das pontes que estão no roteiro por simbolizarem o Recife e suas águas. A escolha, no entanto, nem de longe significa que outras pontes tenham menor importância, por se localizarem distantes do eixo central da cidade. Tem a Motocolombó (em cada sílaba, um "o"), a nova e a velha que ligam Cabanga/Pina, tem ponte só pra carro, tem ponte só pra gente, mas que moto (o motoqueiro, claro) insiste em passar, e tem até aquela ripa de madeira com dois metros de comprimento e cinco centímetros de largura que faz a maior diferença na hora de transpor um córrego qualquer.

O passeio é todo urbano com cerca de 30 quilômetros. A foto oficial vai ser feita em local estrategicamente escolhido (um largo com vista para o rio, a ponte, um monumento e um dos prédios mais bonitos do Recife). A parada pra hidratação também vai ser especial, lugar pra pernambucano nenhum botar defeito, tudo programado com muito carinho pro apessiano comemorar o Dia Mundial da Água. Esqueça não o capacete, as luvas, o protetor solar, a câmara de ar reserva. Bom passeio.

domingo, 13 de março de 2011

CAMPO DO JIQUIÁ

Era assim que o Zeppelin atracava


Cento e quatro ciclistas participaram nesse domingo, 13 de março, do passeio ao Campo do Jiquiá, onde encontra-se instalada a única e original torre de atracação de zepelins, no mundo. A pedalada urbana, embora leve e curta, teve tempo suficiente para o grupo exercitar a marca da descontração, irreverência e bom humor. Pelo meio do caminho, o pessoal simplesmente abduziu (rsssss) o vendedor de salada de frutas, que tinha rumo definido. "Seu" Marcos ia ao desfile do Bloco do Camburão, Boa Viagem, onde pretendia vender o produto atolado num isopor de 25 litros. Ao saber a quantidade de pedalantes, "seu" Marcos seguiu o grupo sem nem pensar duas vezes. E num é que o cara "tava" certo? Aproveitando-se de uma parada inesperada, na Avenida Recife, ele já vendeu a primeira leva de salada. A segunda foi mesmo no Campo do Jiquiá quando o APS se dividia entre fotos, frutas e curiosidades sobre como o zeppelim atracava.

Novatos, voltantes e veteranos se mantiveram em pequenas turmas para subir a torre. O problema foi enfrentar a casa de abelhas, ali instalada já com uso capião. A moradia é antiga e o aluguel dos insetos foi abolido (rssssss). Embora ninguém tenha chegado ao topo, o APS bem que tentou e as fotos estão aí pra mostrar as poses, caras e bocas. É preciso dizer que o calor nem estava tão forte assim, apesar do sol a pino e da sede intensa. Claro, salada com leite condensado só podia provocar a necessidade orgânica de beber, beber, beber... muuuuuuuuuita água. O problema foi contornado à saída do campo do Jiquiá, no terminal de ônibus de San Martim. Um oásis, oh, céus! Pronto, reabastecidos os ciclistas voltaram ao Parque da Jaqueira, não sem antes dar aqueles gritos alegres de crianças felizes, ao passar pelo túnel Chico Science.


quarta-feira, 9 de março de 2011

ZEPPELIN

A torre do Campo do Jiquiá

A 22 de maio de 1930 Recife entrou solenemente para a história dos dirigíveis no Brasil. Era finzinho de tarde, começo de noite, quando a cidade recebeu o Graf Zeppelin, uma mistura de avião com balão, em forma de charuto brilhante. O Zeppelin fazia sua primeira viagem e inaugurava a época das gigantescas máquinas voadoras. Por sua privilegiada posição geográfica, Recife era escala obrigatória na rota Alemanha/Rio de Janeiro. A capital pernambucana estava em festa.

Naquela data, o povo se programou pra saudar a tripulação de 26 pessoas e 20 passageiros. Conta a história que mais de 15 mil criaturas foram conferir a chegada da nave. Quem possuía carro, foi de carro. Quem não tinha, utilizou um dos inúmeros deslocamentos dos bondes entupidos de gente. Acotovelado no Campo do Jiquiá (foto acima), local de atracação, o pessoal fazia uso da famosa "carteirada", só pra descolar um lugarzinho mais próximo à torre onde o Graf Zeppelin faria pouso.

Domingo, dia 13 de março, em mais um dos passeios APS, você vai conhecer a torre em que o Zeppelin atracou com perfeição. Especialmente construída para o avião-charuto-balão, também denominado "baleia", a estrutura em ferro tinha 16 metros de altura e pesava 3,5 toneladas. Presa a cabos de aço, foi depois substituída por uma de 19 metros de altura, no mesmo lugar. Peças de ferro, vindas da Alemanha, a torre (foto abaixo) do Campo do Jiquiá é única no mundo.

Apesar de tombada pelo Patrimônio Artístico e Histórico, em 1982, a torre (e o campo, claro) ainda não recebeu o tratamento merecido. Sucessivos projetos foram apresentados, governo após governo, mas pouco se fez para mudar a realidade do local. A situação, no entanto, pode mudar já que a prefeitura iniciou a construção do primeiro centro da juventude do Jiquiá. A obra, que também deve conter as invasões no terreno, faz parte do plano de criação de um grande espaço de lazer, história e cultura da Cidade do Recife. É aguardar pra ver. Bom passeio.

terça-feira, 8 de março de 2011

DIA INTERNACIONAL DA MULHER




O APS agradece ao pezinho de Nara e à reverência de Alexandre Gêmeo. Sem eles, esta foto não seria tão significativa no Dia Internacional da Mulher. Vai fazer história (rssssss).