domingo, 26 de fevereiro de 2012

CHÃ DA PEROBA

Inúmeras ladeiras transmitem maior sensação de distância

Peroba, trilha das quatro mulheres

As fotos no slideshow são testemunho do maravilhoso passeio a Chã de Peroba, em Aldeia, no domingo 26 de fevereiro. O roteiro foi perfeito, fazendo o mix do urbano com o rural, da mata fechada com o mato rasteiro, da lama com o asfalto, do subir com o descer ladeiras. Ladeirinhas de arrombar, viu, com cuidado absoluto principalmente onde havia trânsito. A maior aventura, porém, foi enfrentar cinquenta e sete quilômetros sem bodega previamente definida pra receber o grupo de 31 ciclistas loucos de sede. O jeito foi parar em qualquer porta aberta mais ou menos parecida com um comércio de líquido e biscoitinhos (rssssss).

Mata à vista, fila indiana

O paraíso ficou por conta do rio, já de água limpa, depois de barrenta por uns dias de chuva. Literalmente, o pessoal caiu de jeito naquela corredeira. Improvisos de saltos duplos e triplos de Tiago, Diógenes e Neto que, parece, foram os que mais aproveitaram o banho. Os mais sedentos foram logo se aproximando de duas famílias da região que, aproveitando a sombra das enormes árvores, faziam o piquenique dominical. Milton, Breckenfeld, Tio David .... quem mais, hein? foram chegando assim como quem nada quer e, amizade resolvida, fizeram a famosa boquinha, dividindo a conta do refrigerante com abacaxi (rsssssss).

Treino de futuras atividades apessianas (rssssss)

Contando com a sorte, pra tudo se dá um jeito, mesmo quando o único pontinho de venda, pra reposição de líquido, doce e salgado, fica aliiiiiiiiii. Disponível e simpático, o proprietário ia e voltava com os pedidos feitos pela galera. Pedidos simples, é verdade, como refri, água e aquela coisa que o Ministério da Saúde e dos Transportes advertem pra que se faça com moderação (rsssssss). Foi tudo moderado, como manda o figurino, mas também foi animado quando, coincidentemente, outro grupo cheio de amigos, velhos conhecidos do APS, chegou por ali. Contando com Kênia, Sérgio Hazin, aquele, aquele e aquele (nomes esquecidos, hd humano com defeito - rssssss), o pessoal também fazia trilha em Aldeia. Oh, momento bom, esse encontro bem dentro da natureza, quase no interior da paz que o verde e a água podem propocionar a você, custo zero quando se cuida dela.

O abraço do grupo trilheiro

Ufa! Só 57 quilômetros? As ladeiras pra subir e descer foram responsáveis pela sensação de distância. Pra subir, era um "Deus nos acuda"; pra descer, melhor tomar cuidado. O grupo comeu poeira, tomou sol e chuva, enfrentou lama nos pneus e nos pés, conheceu a comunidade de Rachão (Aldeia), cruzou BR, trocou abobrinhas e figurinhas. Depois de tudo isso, num é que já tá se programando pros Montes Guararapes, domingo próximo. A gente se vê.

Contribuição do tecnoman (rssssss) Ricardo Nogueira

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CHÃ DE PEROBA

A terra que poucos conhecem

Se você pensa que Aldeia se resume à estrada principal, onde comércio se mistura a trânsito e moradia, vai se surpreender com a beleza e a tranquilidade que a região reserva em áreas mais afastadas. Só entrando, pesquisando aos poucos, percorrendo e se aventurando por entre mata fechada e rasteira, caminhos de barro e ruas sem asfalto. Vá entrando e se surpreenda mais ao se deparar com condomínios de alto luxo, outros nem tanto, onde proprietários e inquilinos moram ou passam férias e finais de semana, fugindo do burburinho de grandes centros. Chã de Peroba é um pedaço desse paraíso escondido que você vai conhecer de bicicleta, durante o passeio longo que o APS programou para domingo 26 de fevereiro. A Chã é um sossego, embora carregue perigos e problemas como qualquer lugar do mundo.

Madeira de excelente qualidade, Peroba dá nome à bucólica localidade em Aldeia, Camaragibe. Seu acesso principal, a estrada sinuosa de altos e baixos em paralelepípedos, é um prazer à parte, mas o cuidado é absoluto. De passagem estreita, cheia de placas de atenção, o ciclista precisa dividir espaço com o trânsito de veículos leves, às vezes intenso, provavelmente de moradores. Respeite as advertências que encontrar, sejam elas em relação ao movimento local ou de proteção à natureza. Confira os nomes das ruas e condomínios, todos em homenagem à fauna e à flora: Pau-Brasil, Canto do Sabiá, Recanto dos Pássaros... e entre em total relaxamento. Esta é a parte zen do passeio.

A adrenalina fica por conta das muitas ladeiras nos cerca de 60 quilômetros, trechos de BR e PE, matas, rios e locais sem sinal pra celular. Chovendo, as ladeiras de barro devem estar mais que escorregadias, apresentando muita erosão. Os rios, naturalmente cristalinos, podem estar barrentos como no dia do reconhecimento, devido à chuva dos últimos dias. Assim, é melhor não se aventurar nas águas geladas de arrepiar pele, pelos e poros (rsssssss). A aventura vai surpreender ainda mais porque o APS não entrou em contato com nenhum bar. O local de parada e descanso vai ser aleatório, de acordo com a necessidade e os acontecimentos. Agora, um lugar é certo (rsssssss), aquela bodega no meio do mato, onde o ciclista se fartou de sorvete quando menos esperava (rssssssss).

Você vai gostar, só não se esqueça dos cuidados básicos. O passeio é longo, sai às 7h do Parque da Jaqueira. Esteja protegido e use capacete, luvas e filtro solar. Leve a garrafinha com água e aproveite as paradas pra completar o líquido. Não se empanturre de comida (rsssssss), dê preferência às barrinhas de cereal ou frutas. Essencial dispor de sua própria câmara de ar, aquela que é compatível com sua bike. Importante, gente, muito importante - não se afaste do grupo, mantenha-se entre os amigos, não passe à frente do guia, não fique atrás do ciclista-vassoura.

Entre o relaxamento e a adrenalina, não se espante. O passeio é de obstáculos e muita dificuldade. Quem não tiver condicionamento físico, não deve arriscar, embora a pedalada não seja tão loooooonga. Quem também tem compromisso à tarde, é melhor priorizar. Os imprevistos acontecem e não há como determinar horário pra volta. E quem passou os dias de carnaval sem pedalar, é bom pegar a bike e dar uma voltinha por aí pra aquecer a musculatura (rssssssss). Com chuva ou sol, "granizo" (rsssssss) ou mormaço, o APS sai no horário habitual. Bom domingo, ótimo passeio. A gente se vê. Sete horas, hein?

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

CHÃ DE PEROBA

EDITANDO TEXTO. LOGO LOGO

Se chover, tem lama. Se não chover, tem banho de rio. Naturalmente cristalina,
a água está barrenta devido às últimas chuvas.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

TUDO É COR

APS brinca de se esbaldar

Globeleza (esquerda), Like a Virgin (direita) e Lili Gaga (centro)
foram os respectivos primeiro, segundo e terceiro lugares

Nunca se viu tanto homem em fila de maquiagem como nesse domingo 12 de fevereiro. Eram ciclistas se preparando para a grande festa momesca que o APS realiza todos os anos, um domingo antes do carnaval. Os rapazes se embelezavam curtindo a transformação de gênero, tudo em nome do concurso Virgem APS 2012. Alguns saíram de casa fantasiados, pedalando. Outros, não, que é isso? foram mesmo se arrumar no Camarim Jaqueira. A concentração começou pouco depois das 7h. Grande sacada a do APS, viu, ao contratar a amiga Rafaela, maquiadora profissional de noivas, debutantes e outras interessadas.

Rafinha, maquiadora, e Tio Davi que levou champanhe de penico

Câmeras em punho, sorrisos escancarados, olhares arregalados, a festa começou muito antes do desfile propriamente dito, principalmente quando tio David abriu uma garrafa de champanhe. O penico de plástico, que custou 2,99 e foi emprestado pra enfeitar a cabeça de algum carnavalesco, serviu de copo grupal. Famílias deram o ar da graça pra incentivar o filho a se transformar na mais bela, desejada ou sensual virgem apessiana (rsssssss). O frequentador da Jaqueira também ajudou no quesito "achei legal".

Trânsito parado, calcinha causa engarrafamento

Os ponteiros já passavam das 8h quando o APS formou o esquadrão de ciclistas. Eram 54, nem todos fantasiados, principalmente aqueles que só foram dar uma espiadinha. Mas a grande maioria usou e abusou de adereços e de fantasias especialmente encomendadas para a festa, como Like a Virgin, Fadoleta, Florismunda, calcinha-fiapo-vermelho (rssssssss), Lili Gaga. Os "Me deixa voar nas asas da borboleta, fiu-fiu" e outras tiradas foram parte das brincadeiras de quem estava nas ruas vendo o grupo passar.

Sucesso a fantasia de Gabriel, batizada de Exterminador de Linguiça (rssssssss), feita de pneus velhos, mostrou a criatividade do autor. Um show à parte, um espetáculo que chamou a atenção da mídia que cobria o carnaval olindense. Celebridades internacionais também compareceram. Stive Onde?, Lady Gagá e Madona, juro de pés juntos, não receberam cachê, foram porque quiseram.

A escolha musical - frevos consagrados e marchinhas antigas - fez bem aos ouvidos. Mas na hora do desfile era preciso algum melô pra agitar os rapazes. Foi quando Michel Teló entrou em som, botando todo mundo pra requebrar. Deu certo (rsssssss). O resultado, já anunciado na seção NOTAS deste blog, foi o desejo do público que se manifestou em palmas, gritinhos e assovios. A volta à Jaqueira rendeu comentários. Ruas olindenses tomadas por comerciantes que montavam suas barracas, camelôs que vendiam adereços de carnaval, bebidas e espetinhos. Era Olinda viva de festa, esperando o folião da semana pré. Porque o espetáculo continua.

Confira aqui personagens e atores (rssssss), por ordem de desfile:
Virgem da Chanteclair - José Alberto
Rainha da Baiana - David
Luíza, a safada - Luís
Gisele Bicha - Luís Carlos
Abadá Baiano - Atrás do Trio Elétrico só naõ vai quem já morreu - Wagner
Devassa - Diógenes
A cor dessa cidade sou eu - Daniel Santos
Fadoleta - Pedro Henrique
Like a Virgin - Luciano (cuidado com a turma do trabalho - kkkkkkkk)
Lili Gaga - Antônio
Florismunda, feia de cara, boa de coração - Gil
Jujuba - Sérgio Falcone
Grace Kelly - Gilson
Rapundonzela - Eduardo
Madona - Tomaz
Exterminador de Linguiça - Gabriel
Não vim preparada pra isso - Ícaro
Charada - Sérgio Hazin

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

CARNAVAL

Reinado de Mama em prévia carnavalesca

Mais um ano e o ciclista fantasiado preenche as ruas de Recife e Olinda de cor e alegria. É o carnaval apessiano, com o tradicional desfile e concurso de Virgens. O passeio sai da Jaqueira às 8h e segue direto para a orla olindense, onde "as meninas" (rssssss) vão mostrar toda sua graça na passarela. Afoitas, ah, sim claro, muito afoitas, estão doidas pra levar o primeiro prêmio. Pra isso, vão pintar o sete para conquistar o júri. Um olhar sensual, um gesto de recato, um trejeito na cintura... vale tudo pra chamar a atenção e ganhar o concurso. Talvez se contentem com segundo e terceiro lugares que também abrem portas e janelas para a fama. Os prêmios são valiosos. A primeira colocação dá direito a....hum, deixa pra lá, depois a gente resolve (rsssss). O importante é saber que, como nos anos anteriores, o público está presente, batendo palmas, incentivando a carreira da virgem apessiana.


Irreverência, humor e descontração começam no camarim da Jaqueira

O concurso, que há cinco anos começou timidamente, hoje é um dos eventos mais esperados e comentados, no Brasil (rssssssss). Imagine você que, em 2011, uma mãe adulterou a idade de seu bebê só pra ele participar na inexistente categoria de originalidade. Mãe é assim mesmo, mas a fraude foi descoberta porque o bebê fazia cocô o tempo todo. Coisa de criança. No início, o júri pensou que fosse emoção, mas a fralda suja e mijada denunciou o esquema (rssssss). A coordenação do APS acredita na possibilidade de que, em breve, o concurso venha a ser reconhecido internacionalmente. Foi ele, o concurso, que desvendou para o mundo a beleza de Ana Bolena, aquela que tinha uma relação beeeeeeem complicada com a irmã. Isso foi em 2010, um ano antes do episódio do bebê cagão (rsssssss). As normas de 2012 mantêm o voto por aplauso e computador e inclui o voto pelo twitter (rssssss).


Encontro histórico entre Chaplin e Ana Bolena

A pedalada está prevista para sair às 8h, podendo haver um pequeno atraso por conta da maquiagem das concorrentes, acertada para ser feita na Jaqueira, a partir das 7h. A concentração do APS vai se transformar em camarim a céu aberto. Todo o "making off" (rssssss) pode ser acompanhado por qualquer pessoa que estiver no parque na ocasião. Embora tenha contratado uma maquiadora profissa, o APS não dispensa a colaboração das mulheres na hora de enfeitar os virgens marmanjos (rsssssss). E vamos pra festa. O grupo deve chegar por volta das 9h30 em Olinda, lá permanecendo por cerca de uma hora. Não convém voltar tarde, no máximo às 11h, por causa do rebuliço que vai ficando a cidade em tempos de carnaval.

Charme de Nega Maluca se concentra na boca sensual

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A BÊNÇÃO, SEU PADRE

Uma boa ideia subir o morro Cinquenta e um ciclistas subiram o Morro da Conceição no primeiro passeio APS 2012. Sabe aquelas reclamações sorridentes, que ladeira num tem nada a ver depois de 45 dias sem pedalar? Pois é, "quanta ladeira, oh Gil, quanta ladeira" foi a música mais cantada durante o percurso de 25 quilômetros (rsssssss). E o pessoal topando, subindo, descendo, rindo e se divertindo na manhã do domingo 5 de fevereiro. Foi um passeio periférico, integralmente pelos bairros da zona norte, apelidado de Caminho das Índias, tamanha a quantidade de gente, trânsito leve e pesado, bugigangas e carnavalescos nas feiras livres de Córrego da Areia e Nova Descoberta. Eita, olha o cara da mala sem alça (rsssssss). Saído da Jaqueira com um pequeno atraso devido aos inúmeros abraços e demonstrações de saudade pedaleira, o grupo foi direto ao Morro da Conceição. O padre Roberto tinha missa às 9h e o compromisso era chegar antes disso pra receber a bênção. Descontraído como o APS, o padre Roberto tem o dom da palavra e do discernimento ao se dirigir a pessoas que professam a fé de forma diferente. A bênção foi aos pés do monumento em homenagem à Virgem Maria, monumento que atrai religiosos e comerciantes, festeiros e turistas, um marco na cidade do Recife. Morro subido, bênção recebida, lanche oferecido pelo padre Roberto. Decididamente, o apessiano não faz jejum (rsssssss). A linguagem popular "saco vazio não fica em pé e saco cheio não dobra" é sabedoria certa. Barriga aboletada de cachorro-quente, poucos ciclistas se aventuram na descida da Ladeira da Fralda. Também...estreita, em contínuo movimento de carros, motos e pedestres, descer a Ladeira da Fralda é ótimo pra quem "tá" de bexiga cheia (rssssss). E ainda têm os moradores que ficam botando medo: "Desce não, visse, desce não", "Num dá, não", "Cuidado, menina". Milton, Gil, Neto, João Paulo e alguns poucos desceram. Coincidentemente, kkkkkkkkk, comeram pouco - kkkkkkkkkkkkkkkk. Mas olha, gente, sabedoria é isso mesmo, barriga cheia ou vazia o importante é reconhecer limites e curtir o passeio da melhor forma possível. Pequenos detalhes, por exemplo, podem levar a boas gargalhadas e excelentes momentos de prazer. Recém-chegado de viagem a trabalho, Guilherme não foi ao passeio, mas subiu o morro (de carro), levando a amada Rosane e a mãe. Muitos novatos e os eternos veteranos, juntos. Gabriel anunciando a venda de bike trabalhadora. Meniiiiiiiiinos, nem conto, Lula e Paulinho reapareceram. Givanildo, enfim, depois de muitos telefonemas, chegou pra pedalar. Serginho Hazzin com viseira genial. Melânio, do Maré, abraçando o APS na Jaqueira. Cadelinha de 18 anos beijando Gil quuuuuuuuuase na boca. Ah, cadela! kkkkkkkkkkkk