segunda-feira, 27 de julho de 2009

TUDO POR ENCOMENDA

Mumbeca deslumbra novamente

Foi tudo por encomenda, disse a coordenadora Márcia Cunha. Ela se referia à lama, aos buracos, às subidas e descidas, ao tempo tipo chove-não-molha, sol sem querer querendo aparecer e, até, aos imprevistos previsíveis. E tinham mesmo que ser previsíveis, afinal, o grupo estava consciente do terreno irregular que iria enfrentar e também estava avisado da necessidade de revisão das bikes. Câmbio quebrado, pedal danificado, pneus furados, coroa desmantelada (te cuida!), uma queda com machucado leve e alguns tombos na lama. No fim das contas, quem saiu de casa com meias brancas ficava se perguntando por que estavam pretas? Gente inocente, oh, céus (rissssss)! Foi um passeio imperdível para jovens, medianos e... digamos, veteranos, desde que todos tivessem condicionamento físico. Era comemorado o Dia dos Avós e os que estavam presentes mostraram que estão em forma, de verdade. Correndo, sorrindo, ultrapassando obstáculos, curtindo a vida e ao que ela tem de bom quando a gente se junta a amigos e família. Os "vôs" e "vós" APSianos são quase blindados com o material que vô Deorge (abaixo, primeiro à esquerda, com Dora, Toledo, Roberta, Monteiro e Eliane) utiliza pra blindar veículos (risssssss).


O guia deve ter tomado "tchai" da Índia. Era todo mundo perguntando se ele estava
despachando (rissssssss) algum problema. Nenhum, o guia estava zen, mas botou pra quebrar nas ladeiras. A primeira foi a do Alto da Bondade. Bondade absoluta, gente. Muitos subiram empurrando a bike, outros começaram a pedalar só no finzinho pra dar a impressão de que haviam conseguido. Roberta mesma fez isso. Alcançou o cume gritando "Vovó conseguiu, vovó conseguiu". Ganhou aplausos. Ufa!. O ponto alto da ladeira era a caixa d`água em Águas Compridas, Olinda. Foi o começo da adrenalina. Dali em diante, depois da cuidadosa travessia na BR 101 Norte, com o valioso suporte do apoio, descortinava-se a Estrada de Mumbeca. Ali, inteira pro APS realizar, graças a Deus, mais um maravilhoso passeio, Mumbeca estava em melhores condições do que no ano passado. Muita lama, mas nada comparado a 2008. De repente, quando o grupo menos espera, ouve-se um looooooooooooogo grito de prazer total, absoluto. Era Gominho (foto abaixo), antigo companheiro de pedalada em outros grupos que, atrasado, se juntava ao APS pela primeira vez. Olha que o bicho correu, correu muito pra alcançar a gente, mas valeu a surpresa. Foi beijado, abraçado, cheirado (ainda sem lama). Com ele, completaram-se cem ciclistas.


No meio do caminho, outra surpresa. O pai de Júnior da Buzina, "seu" Luiz, anfitrião no ano passado, esperava o grupo no portão do sítio. "Seu" Luiz é simpático além da conta, tem um sorriso prá lá de agradável e, não bastasse tudo isso, segurava um balde cheinho, cheinho de laranja cravo. Ave, que delícia! Quem usava camisa com bolso, encheu o bolso. Quem não tinha bolso, encheu a boca. O mel da laranja cabia todo. Depois da foto com "seu" Luiz (abaixo, de boné), a poucos metros dali, o sítio da família Moura aguardava o APS, na parada programada. Olha, gente, falando a verdade, o cento de laranjas, o cento de bananas, as enooooooooooooormes melancias e a água de coco (coqueiros do quintal de Moura ) sumiram em poucos segundos. Tudo literalmente engolido, tragado. Só que pra atingir a farta mesa de frutas, havia o obstáculo da ladeira que dá acesso ao sítio. Longa, pedregulhos e lodo em algumas partes, era preciso admitir o limite de cada um. Responsabilidade é isso e o ciclista APS tomou precaução. Um a um, principalmente os que desceram na bike. Resultado, quem chegou por último deve ter lanchado menos (rissssss), mas chegaram todos em paz. Nessa hora, Ruth mostrou dedicação, reservando água de coco para a amiga Roberta. O lanche foi resultado de uma parceria: colaboração voluntária de ciclistas e coordenação do APS.

Afastado, Moab curtiu o frescor da temperatura sentado numa raiz de árvore. Representantes da ala feminina e ala masculina aproveitaram o chuveirão. Dilma e Sandrinha ( foto abaixo) foram aplaudidésimas na sessão banho. Você sabia que a água que sai daquele chuveirão é mineral? Éee! "Vôs" e "vós" participaram de foto para a posteridade do APS, deixando exemplo para quem ainda será "vô" e "vó'". E teve aquela tradicional foto, com o grupo todo, no local visitado. O anfitrião Moura e o gentill auxiliar Miguel agora fazem parte do álbum de fotos do APS. Difícil foi sair daquele oásis (será que só deserto tem oásis?), subir a ladeira do sítio, deixar pra trás aquela tranquilidade e esquecer a vontade de deitar na rede e cair no sono. A realidade agora seria mais lama. Se houvesse concurso, Rafinha e Felipe teriam ganho o troféu "Lamaçal". Com dificuldade, claro, porque ninguem saiu limpo, nem Germano com seu famoso teste de sabão em pó (rissssss). Ele tanto sabia que, dessa vez, preferiu não arriscar o branco. Foi de azul.


Muitos do time e muitos novatos (que o blog não anotou os nomes, mas que o APS recebeu com carinho) ainda tiveram que enfrentar a volta. Saindo da Jaqueira com previsão de retorno às 13h, o guia optou por um atalho que encurtou o percurso em mais de seis quilômetros. A decisão foi tomada em consequência do tempo ocupado com os inúmeros imprevistos, citados no primeiro parágrafo. Só pneu, foram mais de cinco furados. Bonito ver a solidariedade, grupinhos se formavam para consertar bikes mais rapidamente, ciclistas veteranos auxiliando os menos experientes, outros empurando os mais cansados. Ao optar pelo atalho, o guia também se afastou do trânsito intenso entre Aldeia e Várzea. Pegou o Sítio dos Pintos, saiu na Universidade Federal e ofereceu uma paisagem mais rural que urbana. Com duas horas de atraso, o grupo colocou os pés de volta no Parque da Jaqueira, aos 56km percorridos. Gente..., domingo vem aí, revise a bike.

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