quarta-feira, 28 de março de 2012

A CAPELA E O PATRÃO

É primeiro de abril, mas é verdade (rsss)

O APS inicia o mês com um passeio leve e encantador. No percurso, de aproximadamente 25 quilômetros, neste domingo primeiro de abril, você vai conhecer a Capela Dourada e a Cruz do Patrão, locais de grande importância para a história e a cultura da capital pernambucana. No primeiro, você vai se deparar com o que há de mais bonito em arte sacra. No segundo, embora esquecido pela prefeitura no que diz respeito a seu potencial turístico, importam a paisagem e a possibilidade de você se arrepiar...de medo (rsssss). O APS, que garante um excelente passeio a seu lado, sai da Jaqueira às 8h.


A Capela Dourada, você vai testemunhar, é linda. Em bom estado de conservação, localizada na Rua do Imperador, bairro de Santo Antônio, pertence à Ordem Terceira de São Francisco das Chagas. Construída no século XVIII, foi decorada por vários artistas de renome, à época. A denominação vem "das talhas de cedro, cobertas por finas lâminas de ouro de 22 quilates". Seculares azulejos, altares menores, marcantes imagens da arte sacra barroca, cada centímetro da Capela Dourada é de perfeição ímpar. Para conhecer a exuberância que surpreende pelos detalhes e beleza das paredes, altares e teto, leve R$ 3 (três reais). Pra quem tem acima de 60 anos, são apenas um real e cinquenta centavos. Às vezes é bom ser um pouquinho menos jovem, hein (rssss)?

Sob uma ótica diferente, a Cruz do Patrão também é de arregalar os olhos e palpitar o coração. Construído no início do século XIX, bem no istmo que liga Recife a Olinda, às margens do rio Beberibe, o monumento original era de madeira e servia para orientar as embarcações que chegavam ao Porto do Recife, capitaneadas pelo "mestre de barco" ou "patrão-mor". Livros de pesquisadores e escritores como Gilberto Freire, Franklin Távora e a inglesa Maria Grahm contam que a Cruz do Patrão é lugar de assombração. Escravos que morriam durante viagem da África ao Brasil eram jogados ao mar, bem ali, assim como militares condenados à pena capital. Você sabia que durante a Segunda Grande Guerra a Companhia Independente de Guardas tinha medo de patrulhar o local? E aí, vai enfrentar ou amarelar?

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