quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CHÃ DE PEROBA

A terra que poucos conhecem

Se você pensa que Aldeia se resume à estrada principal, onde comércio se mistura a trânsito e moradia, vai se surpreender com a beleza e a tranquilidade que a região reserva em áreas mais afastadas. Só entrando, pesquisando aos poucos, percorrendo e se aventurando por entre mata fechada e rasteira, caminhos de barro e ruas sem asfalto. Vá entrando e se surpreenda mais ao se deparar com condomínios de alto luxo, outros nem tanto, onde proprietários e inquilinos moram ou passam férias e finais de semana, fugindo do burburinho de grandes centros. Chã de Peroba é um pedaço desse paraíso escondido que você vai conhecer de bicicleta, durante o passeio longo que o APS programou para domingo 26 de fevereiro. A Chã é um sossego, embora carregue perigos e problemas como qualquer lugar do mundo.

Madeira de excelente qualidade, Peroba dá nome à bucólica localidade em Aldeia, Camaragibe. Seu acesso principal, a estrada sinuosa de altos e baixos em paralelepípedos, é um prazer à parte, mas o cuidado é absoluto. De passagem estreita, cheia de placas de atenção, o ciclista precisa dividir espaço com o trânsito de veículos leves, às vezes intenso, provavelmente de moradores. Respeite as advertências que encontrar, sejam elas em relação ao movimento local ou de proteção à natureza. Confira os nomes das ruas e condomínios, todos em homenagem à fauna e à flora: Pau-Brasil, Canto do Sabiá, Recanto dos Pássaros... e entre em total relaxamento. Esta é a parte zen do passeio.

A adrenalina fica por conta das muitas ladeiras nos cerca de 60 quilômetros, trechos de BR e PE, matas, rios e locais sem sinal pra celular. Chovendo, as ladeiras de barro devem estar mais que escorregadias, apresentando muita erosão. Os rios, naturalmente cristalinos, podem estar barrentos como no dia do reconhecimento, devido à chuva dos últimos dias. Assim, é melhor não se aventurar nas águas geladas de arrepiar pele, pelos e poros (rsssssss). A aventura vai surpreender ainda mais porque o APS não entrou em contato com nenhum bar. O local de parada e descanso vai ser aleatório, de acordo com a necessidade e os acontecimentos. Agora, um lugar é certo (rsssssss), aquela bodega no meio do mato, onde o ciclista se fartou de sorvete quando menos esperava (rssssssss).

Você vai gostar, só não se esqueça dos cuidados básicos. O passeio é longo, sai às 7h do Parque da Jaqueira. Esteja protegido e use capacete, luvas e filtro solar. Leve a garrafinha com água e aproveite as paradas pra completar o líquido. Não se empanturre de comida (rsssssss), dê preferência às barrinhas de cereal ou frutas. Essencial dispor de sua própria câmara de ar, aquela que é compatível com sua bike. Importante, gente, muito importante - não se afaste do grupo, mantenha-se entre os amigos, não passe à frente do guia, não fique atrás do ciclista-vassoura.

Entre o relaxamento e a adrenalina, não se espante. O passeio é de obstáculos e muita dificuldade. Quem não tiver condicionamento físico, não deve arriscar, embora a pedalada não seja tão loooooonga. Quem também tem compromisso à tarde, é melhor priorizar. Os imprevistos acontecem e não há como determinar horário pra volta. E quem passou os dias de carnaval sem pedalar, é bom pegar a bike e dar uma voltinha por aí pra aquecer a musculatura (rssssssss). Com chuva ou sol, "granizo" (rsssssss) ou mormaço, o APS sai no horário habitual. Bom domingo, ótimo passeio. A gente se vê. Sete horas, hein?

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