Domingo de lama, luz e assombração
Galera, vai ser demais. Meio curtinho, viu, só 25 quilômetros, mas pra deixar todo mundo de queixo caído com a beleza do lugar. Mistura de urbano com rural, BR com mata, lama com água cristalina e um medo de arrepiar. Legal mesmo seria fazer surpresa, mas uma das características do APS é adiantar o cardápio só pra temperar (rsssss). O ciclista vai ao coração do Parque Estadual de Dois Irmãos. Lá dentro, a maravilha intocável do Açude do Prata e a assombrada (ui!) casa de Branca Dias. Ambos têm tudo a ver com a história e a lenda.
Branca era muito rica, dona de terras em Camaragibe. Judia, foi perseguida e morta pela Inquisição, ali pelo século XVI. Antes de ser presa, teria jogado toda sua baixela de prata no açude. A prata era tão pura que, mesmo submersa, brilhava de uma forma tão intensa que deixou a água transparente. Daí o nome Açude do Prata. Sob os cuidados da Compesa, o açude continua cristalino, um espelho que permite ver o assoalho com perfeita nitidez. A casa de Branca permanece no lugar até hoje, embora sem os cuidados que merece como local histórico. Vai ver que essa falta de cuidados é proveniente da lenda de que a casa é assombrada (ui, novamente), cheia de morcegos (eca).
Mas, olhe, aproveite. Faça um minuto de silêncio (psiu), não buzine e respeite o código - preserve. Nada de deixar nada jogado pelo chão, mesmo que você encontre lixo jogado ali por outras pessoas. Basta fazer a sua parte. Sim... a vegetação é densa, úmida e deve ter muita lama. É possível encontrar sagui e outros animaizinhos, talvez uma cobrinha passeando pelo habitat (rssss). Evite sair da estreita trilha e fique atento a obstáculos naturais como árvores e raízes. Olhe a surra de tiririca (rssss), melhor se precaver com calça comprida e tênis.
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