Ricardo Nogueira enviou o "caminhão" que o APS fez, nesse domingo 27
de maio. Aos olhos dele, lembra o mapa do Brasil. ÉEEE, num deixa de
ser, mas outros olhos veem aí um antigo fusca ou uma velha bota de
contos de fada. Em outro par de olhos, a percepção é a intensidade do
verde orvalhado que o grupo respirou. Visto assim de cima, o desenho dá
margem a várias interpretações, mesmo para quem esteve ausente. A
unanimidade, no entanto, só é possível para quem testemunhou a força que
transformou a expectativa "do bom", "legal, cara", na realidade do
ótimo.
O roteiro trouxe novidades, caminhos e trilhas nunca antes percorridos, embora algumas passagens velhas conhecidas tenham se feito presentes. O chato, nessa história, é que deve haver um sentimento de frustração no momento em que se percebe que é fácil contar fatos, mas impossível descrever o quanto é bom pedalar com você. Não descrever em palavras, mas aqui dentro, bem lá dentro, no batuque do coração. Sussuarana foi só mais um ato dessa peça de amor e companheirismo que se prolonga há quase 8 anos.
Com certeza, o percurso teve mais de 50% de área verde. Mata fresquinha, apesar do quase duelo entre o sol e a chuva. A Ladeira de Geraldo Doido, no Sítio dos Macacos, foi a primeira grande dificuldade vencida com garra e persistência. A vizinhança conta que Geraldo Doido era uma espécie de "justiceiro" . Funcionário de uma empresa, era ele quem tomava conta daquelas terras, com mãos de ferro e olhos de lince. Ninguém entrava sem permissão. Roubar frutas, pegar passarinhos, nem pensar. Geraldo Doido botava pra quebrar (rssss).
Dali, o caminho foi certeiro até o quilômetro 13 de Aldeia, trecho que o APS precisou dividir com o trânsito intenso, com cuidado, pra evitar acidente. O grupo pegou ainda algumas ladeiras de paralelepídos nas secundárias, chegando finalmente à trilha que desembocaria no Sítio Sussuarana. A chuva caída nos dois dias anteriores desandou num tapete de lama e barro vermelho escorregadio. Cuidado, gente, lá vem o boi, a carroça, a subida, a descida, a moto, o cavaleiro e a amazona. Eita, assim "tu" me atropela (rssssss). Davi merecia o troféu azarão. A bike quebrou, deu um trabalhão pra consertar e, quando ficou pronta, quebrou de novo. David é finura, cumpriu a maratona sem reclamar.
Tava tão bom que ninguém pensou que Sussuarana já estivesse tão perto. A dois passos, o banho de rio e o papo acolhedor esperavam o APS. Os grupinhos se fizeram rápido, uns ao sol, outros à sombra, outros ao rio, brincando que nem menino pequeno. De repente, não mais que de repente, alguém vê uma borboleta e-n-o-r-m-e. A notícia se espalha feito fofoca, mas era só uma tatoo. Estrategicamente impressas, as asas tomavam .... ah, conto não. É chato! Quem não viu, basta saber que Tomaz foi servido por uma sereia (rsssss)
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