Perfeita anfitriã, Branca Dias designou uma jiboia e um sapo cururu
(rssss) pra receberem o APS, nesse domingo 03 de junho, durante visita
que o grupo ciclístico fez à casa em que ela morou, quando viva (puxa!).
De portas abertas, a casa estava suja, sem varrição. A proprietária, no
entanto, não decepcionou ao deixar o Açude do Prata intacto, secular
guardião de sua rica baixela de prata, ali jogada, antes de ser morta
pela inquisição. O açude e a antiga residência da judia, também dona de
muitas terras em Camaragibe, estão localizados na maior área de Mata
Atlântica de Pernambuco: o Parque Estadual de Dois Irmãos. Com cerca de
380 hectares, o parque é mais conhecido por abrigar o jardim
zoobotânico, embora a direção local realize trilhas a pé, dentro da
mata propriamente dita, para visitantes agendados. Caminhando ou
pedalando, o programa é um espetáculo. Essa foi a terceira visita do
APS, desde que foi criado em 2004.
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Pra chegar ao destino, o grupo percorreu trechos urbanos, enfrentou trânsito domingueiro que mistura pressa com paciência, tomou caldo de cana, levou chuva e bateu de cara com o sol. Como se não bastasse, a lama estava um mar de rosas (rssss). A despeito da resistência de muita gente que não queria sujar os sapatos, inúmeros pares de tênis estavam imundos e fedorentos (rsss). Galhos caídos, raízes e até árvore ao chão dosaram a adrenalina ciclística. Engraçado... o pessoal transpôs alguns trechos de cabeça baixa, empurrando a bicicleta. Coincidência ou não, eram locais repletos de armadilhas chamadas "gaiômetro", equipamento natural capaz de medir a altura da "gaia" de cada um (rsssssss).
Local considerado assombrado (acredite quem quiser), a casa de Branca Dias fica ao lado do Açude do Prata e próxima ao Açude do Meio. O Parque Estadual Dois Irmãos está sob a responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente. A Compesa mantém ali uma estação de tratamento e é responsável pelos dois açudes. Há dois anos, segunda visita do APS, a vegetação densa, sem trato, impedia o grupo de se aproximar do açude e da residência secular. Hoje, o mato ao redor da casa está sendo capinado, propiciando uma melhor visão do ambiente.. O local é um barato, mas precisa de cuidados pra não morrer a história.
A cobra e o sapo cururu, que tão bem recepcionaram o grupo, são dois capítulos à parte (rssss). A jiboia estava próxima a um ciclista doidinho pra fazer xixi (rssss). Prático no trato animal, outro ciclista chamado Gabriel, mais conhecido por Sem-Freio, segurou Jiji com destreza, chamando a atenção do grupo que queria conhecer a simpática cobrinha (rsssss) a todo custo. Cuidadoso, Gabriel devolveu a jiboia a seu habitat. O sapo cururu também teve seu momento-fenômeno, quase confundido com um princípe enfeitiçado. Mordomo educado, abriu a porta da casa, despedindo-se do pessoal. "Até logo, volte sempre", teriam dito aqueles olhos verdes. Verdes (rsssss)?
Muito massa, quero ir no açude do Prata, quando forem me chame por favor
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