Matas de Nova Olinda fazem a diferença
Apessiano de verdade encara tudo com bom humor. Assim também foi nesse domingo 11 de setembro, quando Olinda ofereceu uma surpresa atrás da outra. Não a Olinda turística que a gente está acostumado a ver, mas a Olinda zona rural pra trilha nenhuma botar defeito. A cada esquina, um obstáculo diferente, uma espécie de caminho único, cuja solução era enfrentar. A lagoa que forma o Canal da Malária, em Jardim Brasil, foi o primeiro aviso de que o passeio seria óoooootimo. Apesar da água suja e poluída, responsabilidade dividida entre moradores e município, a lagoa é mesmo bonita e merece a pronta entrega do projeto de revitalização que vai deixar o local com cara de Lagoa do Araçá, que aliás também está poluída. Enfim... a travessia foi demorada, um a um dos ciclistas passando por uma faixa rasa e estreita, não mais que um metro de largura. Sem quedas nem reclamações (rs) parece que o passeio foi programado para dar as boas vindas aos novatos e voltantes.
Dali em diante, as ladeiras de Ouro Preto ofereciam um sobe e desce divertido e, ao mesmo tempo, cansativo. Depois de passar ao pé do monte onde se situa o Santuário de Mãe Rainha, o APS finalmente deu bom dia à zona rural. No início, uma seda. Só aquela estradinha de barro, por onde se topa com veículos e animais. Depois, caro Amigo para Sempre, foi um tal de um atoleiro sem chance de não botar os pés na lama "movediça" (rs), aquela que engole pernas e, se não tomar cuidado, engole o resto (rs). Mentindo? História de pescador? Hum! Veja as fotos. Aquele novato, por exemplo, quase que se afoga (rs). E aquele outro? Oxe, foi puxado pelos amigos, juro. Só se salvou quem subverteu a ordem e fez um caminhozinho tipo desvio. Quer dizer, se salvou da lama, mas enfrentou uma pinguela da largura de um pneu de bicicleta, um pneu mais cheinho, né! Mas nem por isso deixou de se aventurar - a pinguela estava a uma altura considerável e, abaixo, passava um córrego por onde flutuava... sei lá... parecia cocô (rs). Já pensou se o cara cai dali de cima? Eca!
Pronto, passou todo mundo?, então pedale porque tem mais, tem uma ladeira de barro, totalmente erosada (essa palavra existe?). Fendas tão grandes, mas tão grandes e profundas que quase engoliram aquele ciclistinha. Ele bem que tentou, estudou o terreno, estudou, estudou e caiu (rs). O panorama era inusitado. Acima, o sol na moleira do capacete; abaixo, aquela maluca inclinação de terreno gasto pelo tempo; à esquerda, mata; à direita, alguns ciclistas numa pequena clareira trocando câmara de ar. Imagina se o cara é desprovido de bom sendo e não tivesse levado a sobressalente? Obstáculo vencido com muito empenho, o grupo ainda passou por uma árvore que exalava sensualidade, cintura fina, peito arrebitado. Era chegada a hora do descanso, do chuveirão, da hidratação e... ai meu Deus...lá vem feijoada (rs).
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