Além da beleza natural o que mais chama a atenção na Ilha de Deus, na Imbiribeira, é a simpatia do povo. Vivendo com simplicidade e, praticamente, da venda do camarão criado em cativeiro, o nativo é alegre e hospitaleiro. Pelo menos foi assim que aconteceu quando o APS lá esteve, nesse domingo 04 de setembro, em mais uma pedalada de conhecimento. Para chegar à ilha, é preciso cruzar a ponte Vitória das Mulheres, passarela exclusiva de pedestres, bicicletas e motos. Veículos de outra natureza, só ambulâncias a serviço do povo. Motoristas que se atrevem a utilizar a ponte de um lado a outro levam o nome de "folgados", como duas ciclistas puderam testemunhar.
Com 73 ciclistas se equilibrando em fila indiana, no caminho de terra batida entre um viveiro e outro, não seria de estranhar se alguém mergulhasse naquelas águas represadas. Assim ocorreu com três participantes do grupo. O banho inesperado não deve ter sido agradável, mas o pessoal manteve a esportiva, talvez até trazendo um camarão entre os dentes (rs). Infelizmente, o ilhéu com o qual o APS fez acordo prévio, para venda de água de coco a um real, não estava lá. Deixou o serviço a cargo de alguns ciclistas que se aventuraram nos coqueiros. A água de coco estava deliciosa, mas não deu pra todo mundo. Rafa achou de quebrar o canivete quando ainda estava furando o terceiro coco. Resultado, o lanche foi feito na volta, num dos bares ao pé da ponte, do lado de cá.
A Ilha de Deus faz parte da área de manguezais formada pelos rios Jordão e Pina. Politicamente bem estruturada, é conhecida por seu povo guerreiro e combativo. Através de suas lutas em prol de uma melhor qualidade de vida, mereceu em projetos de requalificação urbana, já em andamento. Além dos 64 viveiros de camarão, o artesanato feito de mariscos ganhou destaque em feiras internacionais.
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