O prazer de comer tapioca
Passeio obrigatório de todo turista, e por que não dizer de vizinhos e moradores também, o Alto da Sé de Olinda está na programação do APS, no próximo domingo, dia 19 de setembro. Atingir o Alto é sinônimo de comer tapioca, iguaria de origem indígena, feita da farinha da mandioca. Ah, a tapioca!
Tipicamente nordestina, de sabor inigualável, a tapioca olindense tem um quê de qualquer coisa que ninguém explica. É tão gostosa que leva o título de Patrimônio Imaterial e Cultural da Cidade. Consolidada pela Prefeitura e pelo Conselho de Preservação do Sítio Histórico, em 2006, a honraria teve total apoio da Associação das Tapioqueiras, que reúne mais de quarenta mulheres.
A tapioca (foto acima do wikipidia) vem do século XVI, com o incentivo à criação das casas de farinha. Ao longo dos séculos e, principalmente nesses tempos modernos, a iguaria sofreu modificações com recheios diversos. É tapioca com queijo, coco e queijo, tapioca com banana, brigadeiro, tapioca com cuscuz, com charque, com ovo, tapioca com isso e tapioca com aquilo (rssssss). Tem até tapioca feito sanduíche de três, quatro andares, que mais parece um jantar de sexta-feira comemorativa. A gastronomia nordestina já incorporou essa diversificação de sabores, mas é preciso esclarecer que a única tapioca a receber o prêmio de Patrimônio Imaterial é a tradicional tapioca com coco seco ralado.
Bem, subir a Sé, de bike ou andando, tem ainda outros atrativos que fazem do passeio um domingo legal. Shoppings têm praças de alimentação, Olinda tem praça a céu aberto, ali no ponto mais alto da cidade. O casario colorido e secular, as lojinhas de artesanato, o entorno de coqueirais, as vivas ladeiras de tantos carnavais e as inúmeras igrejas merecem destaque e inspiram poetas, escritores e amores. Vai, senta ali, naquele banquinho, e depois me diz se não é verdade (rssssssssss)!
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