Pra visitar o local onde funcionou a fábrica de tecidos "Othon Bezerra de Melo", o APS pedalou domingo, 14 de abril, com 95 ciclistas. O passeio, no entanto, não se limitou ao local onde vai surgir a maior área de lazer do Recife, mas também à Ponte da Salvação e à comunidade de Serra Pelada.
Citada anteriormente como Ponte do Barqueiro, a travessia leva o nome de Ponte da Salvação, confirmado por uma das moradoras da comunidade
A ponte é apenas uma travessia para pedestres, motos e bicicletas, mas faz a diferença pra muita gente porque é a única ligação, sobre o Rio Capibaribe, entre os bairros de Iputinga e Monteiro. Construída em cima da tubulação da Companhia Pernambucana de Saneamento - Compesa - a estrutura não recebe manutenção pública e, embora seja de grande utilidade para os moradores da região, também oferece riscos. O gradil de ferro é baixo, tem partes quebradas, e muitas placas que fazem a passarela de concreto estão soltas. De difícil acesso, feito por rampa e degraus, a ponte não intimidou. Os ciclistas passaram tranquilos, empurrando a bicicleta, sem expor ninguém ao perigo de um acidente. A maioria não conhecia o lugar, que fica próximo ao Detran.
Do outro lado da ponte, já no bairro de Monteiro, o APS seguiu para a comunidade de Serra Pelada. A surpresa foi saber que a rua do mesmo nome, estreita e comprida, com 1ª e 2ª travessas também denominadas Serra Pelada, liga o bairro de Apipucos à BR 101, próximo ao Terminal Integrado da Macaxeira. A bicicleta trepida nos paralelepípedos e a brincadeira é deixar-se massagear para eliminar celulites e gordurinhas. Outros, no entanto, preferem treinar as cordas vocais - aaaaaaaaa, eeeeeeeeee, iiiiiiiiiiiii, ooooooo, uuuuuuuu e, acredite, se não dá resultado na voz, pelo menos exercita o bom humor - rsrsrsrs. Mas o engraçado mesmo é quando o treinamento vocal vem acompanhado de soluço, como aconteceu com aquele ciclista - aaaaaaaa ic, eeeeeeeee ic, iiiiiiiiiiic.... Nenhum desses abaixo - rsrsrsr
Quase concluindo o passeio, o APS foi conferir os 10 hectares do antigo cotonifício na zona norte da cidade. É ali, na "Coronel Othon de Melo", que vai surgir o Parque Urbano da Macaxeira, o maior do Recife, com estrutura para lazer, cultura e educação. Embora a iniciativa seja do poder público e a mídia tenha apresentado o projeto ao povo pernambucano com destaque, o blog não encontrou nenhuma referência ao que será feito da fachada e da chaminé do parque têxtil. As matérias publicadas em janeiro, citando inclusive palavras dos chefes do executivo estadual e municipal, nenhuma delas menciona o destino das duas estruturas. O blog encontrou apenas o comentário de um leitor de um dos jornais da cidade, afirmando que fachada e chaminé são tombadas pelo Patrimônio Histórico e que deverão ser preservadas. Nada oficial.
Grandiosidade da fábrica (repare o ciclista diante das paredes) vai dar lugar
ao maior parque da cidade - Parque Urbano da Macaxeira
"Seu" João, mestre de obras, garante que o serviço está a todo vapor
Semana passada, durante reconhecimento, muita coisa ainda estava de pé. Um pouco mais de tempo, o APS já não teria oportunidade de visitar o que foi a Fábrica da Macaxeira
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