Cicloquadrilha marca gol de placa
Rá, rá, rá... Sucesso absoluto, show de bola, gol de placa. A versão três da cicloquadrilha junina do APS foi de arrombar. Num passeio de 21 quilômetros, levou 110 ciclistas ao Mercado da Boa Vista. Isso sem contar com os convidados que foram de carro e com os habituais frequentadores do local. Nem todos aderiram ao traje típico, mas isso era só um detalhe. Prioridade, sim, era brincar, manter a tradição cultural apessiana e não deixar morrer a raiz nordestina. Festança boa, viu? Imagine você que até havia camarote reservado e ocupado por representação de grupos como Corujaqueira, Maré e Venture. Antes de aportar no Boa Vista, o grupo passou pelos mercados de Casa Amarela, Madalena e São José, arrancando aplausos e despertando curiosidade da população recifense. Animada pelo sanfoqueiro (já disse que é mistura de sanfoneiro de CD com motoqueiro), a atração ocorreu na mais perfeita ordem.
Sabe como é, toda festa tem fofoca, mas aquele casamento (foto acima), sei não, viu. A noiva, doida pra encontrar um marido rico, teve que se contentar com um matuto grandão, vindo lá das bandas de uma cidade chamada Pelotas. O cara num queria não, mas a família da moça até contratou segurança e não permitiu devolução. Sei não, visse, mas uma coisa arranjada assim de última hora...eu, hein. O padre Cunha fez uma preleção muito rápida e nem teve tempo de desfilar sua nova indumentária, comprada especialmente para a ocasião. Parece que a família exigiu brevidade, possivelmente pra evitar tentativas de fuga por parte de Tomazino Mosquetão, o noivo. Numa sorte danada, quem agarrou o buquê da noiva foi uma moça que tá mesmo querendo casar. A imprensa não conseguiu apurar o nome da felizarda, mas foram vistas abraçadas, uma desejando sucesso à outra. Que lindo!
As concorrentes ao título de Rainha do Milharal botaram pra quebrar. As roupas fluíram do chique ao original, fazendo inveja a qualquer estilista de reconhecimento regional, nacional e internacional. A concorrência masculina, em busca do aclamado Rei do Espigão, também não ficou por menos. Estavam todos correndo pelo prêmio de um milhão. A ansiedade dos desfilantes corria solta, corações batiam diante da expectativa do primeiro lugar. Olha, gente, o comentário nos bastidores era que o empate técnico entre Boneca de Retalho e Bolota Brasileira (foto acima) quase provoca uma briga entre as duas, que foram o-b-r-i-g-a-d-a-s a dividir o prêmio. Bom mesmo foi para o matuto Gravatoso que, além de obter a vitória como Rei do Espigão, terminou ficando com as duas rainhas.
Hum!... Capítulo à parte, totalmente fora do script, mas unanimemente aplaudido, foi quando Márcia - a mestra de Cerimônia - anunciou a presença da Musa da Copa (foto acima), que lá apareceu toda fogosa. Foi um "oh, oh, oh" estarrecido diante daquela loira que vestia verde, amarelo e bandeira de lantejoulas. Oh, oh, oh.....E pronto, depois de tudo isso, o povo foi dançar quadrilha junina. Foi um negócio tão organizado, tão organizado, mas tão organizado que nem choveu. O Mercado da Boa Vista serviu da rabada ao sarapatel, do bolo de milho ao bolo de rolo. E o APS já reservou o espaço para o próximo ano.
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