Branca encanta açude
Se é fato ou lenda, ninguém comprovou, mas a casa de Branca Dias, ao lado do Açude do Prata, está na literatura do Recife assombrado. Contam as histórias que a rica judia do século XVI, perseguida pela Inquisição, costuma visitar o imóvel nas noites de lua cheia. O motivo da aparição é conferir a baixela de prata pura que a dona escondeu submersa no açude. Se é fato ou lenda, repito, ninguém comprovou. Mas que a moça tem magia, isso tem! Certamente foi a força de seu poder que trouxe de volta muito apessiano desaparecido há "séculos" (rissss). Isolda, Adelaide, Jorge, Monteiro, Eduardo, Pedro Henrique, Mônica, Cunhado, Sandrinha, Herick, Antônio Jorge, Evelyne...quem mais, meu Deus, quem mais? Ah, sim, o sósia de Roberto Justus, (esqueci o nome - rissssss).
Olha, era tanta gente nessa condição que nem dá pra citar todo mundo. Isso, sem contar com os ciclistas "carteira assinada" e com os novatos que continuam chegando de todos os lados, inclusive da Suíça. Ao todo, 93 ciclistas, 32 quilômetros percorridos, duas quebras e uma queda muito inusitada. Apesar do flagrante fotográfico, até agora não deu pra entender como o ciclista caiu (risssss). Com sua permissão, a foto foi publicada no álbum. Branca e sua baixela no Açude do Prata foram o diferencial do passeio em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente e à Semana Nacional do Meio Ambiente. A água cristalina do açude deixou o povo com sede (foto abaixo).
O grupo saiu do Parque da Jaqueira às 8h, foi direto pelas ruas do Futuro, Amélia, Espinheiro, João de Barros, Príncipe, Aurora, Praça da República e deu aquela paradinha básica no Marco Zero. Seguiu pela Guararapes, Conde da Boa Vista, passou pelo Derby, chegou à Beira Rio, Caxangá de ponta a ponta, Nova Morada, pegou a Volta do Mundo e...UFA!... rumo à trilha que leva ao coração da mata de Dois Irmãos. É lá que a natureza guarda a casa de Branca Dias e o Açude do Prata, envoltos em densa vegetação (foto abaixo). O imóvel já esteve em melhores condições. As paredes da casa perderam a cor e foram pixadas. Admirar a paisagem vista lá de cima, não é mais possível, o cupim tomou conta do espaço e subir as escadas tornou-se um risco considerável.
A História judaica conta que Branca foi denunciada à Inquisição pela mãe e pela irmã, possivelmente intimidadas pelo Santo Ofício. A denúncia contra essa senhora de vida atribulada tinha origem nas suas práticas judaicas, como não trabalhar aos sábados e frequentar a Sinagoga. Dona do Engenho Camaragibe, casada com o comerciante Diogo Fernandes, Branca costumava abrir as portas da casa para servir de professora às meninas da região. Entre homens e mulheres, Branca Dias teve sete filhos. O casarão, no interior da mata do zoológico, é tombado como patrimônio estadual e, parece, o governo está de olho em sua recuperação para benefício público. É bom mesmo que isso aconteça, afinal, a magia de Branca Dias não pode morrer. Para saber mais, acesse http://fateadal.wordpress.com/2008/10/31/judeus-em-pernambuco-no-seculo-xvi/
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