Jaboatão encerra Festa da Pitomba
O APS tem dois motivos pra comemorar neste domingo, dia 11 de abril - o primeiro, a volta às pedaladas, depois do recesso da Semana Santa. O segundo, participar - nem que seja no último dia - da Festa da Pitomba, no Parque Nacional dos Montes Guararapes. Iniciada em 04 de abril, já não há tanta coisa pra testemunhar do evento em si, talvez apenas as barracas de frutas ainda montadas para as apresentações de encerramento à noite. Quem não conhece vai se deslumbrar com a mista paisagem de mar, concreto e mata; quem já foi repete o passeio com a ansiedade da primeira vez. Anualmente, os Montes são palco da festa que, na verdade, leva o nome de Festa de Nossa Senhora dos Prazeres. É uma homenagem à Virgem que teria aparecido aos soldados durante dois enfrentamentos denominados de Batalha dos Guararapes, dando força, confiança, protegendo e dando a vitória às tropas nacionais. A Festa da Pitomba é uma designação popular, inspirada na safra da frutinha de gosto ácido. O evento é considerado o mais antigo e tradicional do Brasil. Também pudera, são 353 anos. Inicialmente, o povo comemorava com manifestações religiosas - missas, procissões, casamentos, batizados e cânticos. Ao longo do tempo, mudanças de hábitos e pontos de vista incluíram a presença de artistas e eventos paralelos, deixando sacro e profano em mútua sinfonia. Só pra você ter uma ideia, o homenageado deste ano de 2010 é o cantor Martinho da Vila, autor do samba "Onde o Brasil Aprendeu a Liberdade" que, não por acaso, é o tema da festa. Muito conhecido nas rodas de samba e tocado nas rádios, o refrão diz assim: "Cirandeiro, cirandeiro ó, a pedra do teu anel brilha mais do que o sol... cirandeiro, cirandeiro ó..."
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