Tradição também se localiza na periferia
Se você pensava que as Igrejas de Olinda estavam todas situadas no polo da Sé , teve a oportunidade de constatar, nesse domingo 12 de junho, que a história sacra da cidade também se localiza na periferia. O passeio em comemoração ao Dia dos Namorados manteve o famoso sobe e desce, mas trouxe uma outra visão ao ciclista/turista/visitante e até mesmo ao morador da primeira capital de Pernambuco. Por trás do conjunto arquitetônico de casario colonial, por trás de lojinhas coloridas de artenesato e ainda por trás das antigas e tradicionalmente conhecidas igrejas, esconde-se um universo secular na periferia olindense. Entre cidades Alta e Baixa, o grupo passou por 11 pontos estrategicamente selecionados. Apenas pra resumir o texto, a primeira igreja, no bairro dos Milagres, está situada em esquina pro mar, onde o vento faz a curva com uma força tão grande que o APS escalou Diógenes pra segurar Pedro, que estava prestes a voar (rsssssss).
Uma igrejinha que deve ter causado surpresa pela sua localização tão escondida e, ao mesmo tempo, de trânsito tão intenso, foi a de São José dos Pescadores, na Rua do Sol. Ali, já houve a primeira quebra. O grupo não se abateu e enquanto as providências aconteciam, o bate-papo correu solto bem próximo às igrejas do Carmo e de São Pedro. Sabe todo aquele conjunto sacro? Pois é uma transformação radical em pleno período momesmo. Dali e de outros pátios católicos saem os blocos carnavalescos dos mais animados do mundo. O povo vibra e canta e dança; e Olinda se veste de irreverência e faz a popular e alegre mistura do profano dos blocos dos super herois, das troças destroçadas durante o ano e revigoradas no carvanal, dos bonecos gigantes que alegram as ladeiras a qualquer hora do dia ou da meia noite. Enfim...Olinda é sempre uma festa - sacra ou profana - com respeito às diferenças.
Por falar em diferenças, a brincadeira correu solta entre os ciclistas homens que, nem em pensamento, queriam pedalar ao lado de Isaac, que sempre se veste de rosa-saudável. A conduta dos rapazes deve ter sido inspirada no Dia dos Namorados (rsssss). Oh, gente, o rosa é uma cor tão bonita (rssss), é a cor do futuro. Quem sabe, um dia na vida, tá todo mundo vestindo rosa - calça, calcinha, calção, sapato, bota, meia, capatece, boné, óculos, vestido, cueca (rssssss). Na volta, uma garotinha no ponto do ônibus gritou entre espantada e feliz: "Olha a rosinha". O APS caiu na gargalhada, inclusive o próprio Isaac que, incondicionalmente, só pedala de rosa. O máximo da diversão (rsssss).
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