Virgens APS, uma prévia carnavalesca pra ninguém botar defeito. Dos 57 ciclistas, 90% fantasiados, pedalando pelas ruas ensolaradas de Recife e Olinda, em suas bikes enfeitadas ou não. Tudo começou na concentração, no Parque da Jaqueira, onde formava-se público acompanhando o passo-a-passo da produção. Irreverente, descontraído, animado, o grupo mostrou criatividade nas fantasias de nomes exóticos e históricos como Cabelo de Coqueiro, Passeador de Gatinhas (cobrando em euros), Sutian Pernambucano (lindo), A Bruxa de Blair, Ana Bolena, Charlie Chaplin (irreconhecível) além das tradicionais Mulher Maravilha, havaianas, índios, piratas, caboclo de lança, palhacinhos. Quem menos se fantasiou aderiu ao colar, à gravata e à peruca colorida só pra entrar no clima de folia saudável que o APS proporciona no domingo da semana pré ao reinado de Momo. Mesmo matutina, Olinda estava cheia de gente, camelôs se posicionando pra melhor vender seus produtos carnavalescos, bebidas e comidas.
O desfile das Virgens APS foi um espetáculo à parte no calçadão da praia de Bairro Novo. Onze "lhindas" e tentadoras "senhoritas" desfilaram para um público estimado em mais de trinta mil pessoas (brincadeirinha). O voto principal é do público presente, aquele que bate palmas, acompanha a performance das candidtas e torce por aquela que mais lhe agrada aos olhos. No entanto, como o APS dispõe de um corpo competente de jurados e de uma comissão fiscalizadora antenada às novidades tecnológicas, aderiu ao voto pelas operadoras de telefonia e manteve o voto pela internet, incluído ano passado (rissssssss). O público presente, nooooooooossa, é sempre tão carinhoso que, às vezes, se torna até ousado. Invade a passarela, querendo beijar e agarrar as moçoilas comportadas. Bem, nem tão comportadas assim, afinal duas delas desfilaram com uma estranha distensão abdominal. Disseram que a lipo perdeu a validade e o júri teve que aceitar simplesmente porque as normas do concurso proíbem a prova dos nove. Mas essa distensão abdominal pode ser fofoca de maroca e o que interessa mesmo é o resultado do concurso.
Ana Bolena, primeiro lugar. Maravilhosamente linda, pele timidamente bronzeada, olhos claros, doces e suaves. Ana desfilou de pretinho básico, justinho, sandalinhas de dedo, bolsinha que nem precisou rodar. Júri e público estavam prisioneiros, estupefactos (?). Ana Bolena, "mil dias o APS tivesse, mil dias o APS te daria", mas são só 365 para reinar absoluta. Negona Maluca, segundo lugar. Negona da cor brasileira, cabeleira afro revestida de lacinhos coloridos, um aqui, outro ali, mais outro acolá, levou o público ao delírio e à dúvida. Terminou com a suavidade de Ana Bolena sendo mais forte do que a sensualidade de Negona Maluca. O terceiro lugar ficou com Enfermeira Grávida. Realmente, Enfermeira tinha um buchinho assim... meio.....meio...meio grandinho, mas o povo se encantou com aqueles encaracolados cabelos cor de mel. Enormes, as madeixas quase se espalhavam pela cintura de Enfermeira e isso foi detalhe definitivo para o voto. Enfermeira, no entanto, demonstrou despeito. Não, gente, não são dez peitos. O que ela tem é inveja. "Num" é que depois do resultado ela tacou uma injeção do bumbum de Ana Bolena. Baixaria (risssss).
Em três anos de edição virginal, o APS nunca havia passado por uma situação tão inédita. O empate técnico entre quatro gataças (gatonas, gente, gatonas) levou o APS a instituir uma Menção Honrosa para Gigi - a Divina Devassa (linda, cuja fantasia escondia outra), Noiva Grávida (que veio fugida da Bahia pra ninguém desconfiar do estado interessante), Ana Maria Brega (chiquérrima de branco e estola pink) e Pantera Cor de Rosa (metiiiiida, disseram as más línguas que o fio dental que ela usava era emprestado. Hum!). As outras desfilantes estavam lindas, mas não se pode contestar a vontade soberana do povo. À Chiquita, Índia Peituda (peito pequeno, coitada), às Gêmas Ruth e Raquel só resta se preparar para o ano que vem. Agora, é seguir adiante, fazer cursos de modelo, se atualizar e competir de novo.
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